"(...) Apaixonar-se terminara por lhe revelar quão estranha ela era, e o tanto que se mantinha confinada nos seus pensamentos cotidianos. Toda vez que Edward perguntava: 'Como você está?', ou: 'No que está pensando?', ela sempre se saía com uma resposta canhestra. Será que precisara de todo esse tempo para se dar conta de que lhe faltava um parafuso que todo mundo tinha, um mecanismo tão comum que ninguém nunca o mencionava, uma conexão sensual e imediata com as pessoas e os acontecimentos, e com suas próprias necessidades e desejos?"
Ian McEwan, Na praia