quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Qual o maior poeta brasileiro?
Em uma enquete que fiz entre amigos, Drummond foi o mais votado. Em segundo lugar, Vinicius. Houve até quem votasse em Arnaldo Antunes... Enfim! Seguem alguns comentários, que por achar interessantes e pertinentes, reproduzo aqui. Ah! Só para constar: o meu voto foi para Manuel Bandeira, aquele que tem "o fogo de constelações extintas há milênios e o risco brevíssimo de tantas estrelas cadentes".

Vinícius de Moraes, pela linguagem pouco rebuscada e o conteúdo repleto de amor, típico de um poeta eternamente apaixonado por mulheres, pelas pequenas coisas e pela vida. Além disso, suas canções são pura poesia. Um poeta completo. (L. C.)

Carlos Drummond de Andrade. Por ser um poeta múltiplo, muito mais que moderno, pelo apuro técnico, pela ousadia, pelo lirismo, pelos acertos, pelos erros, pelo eros... Por ter construído uma obra variada, imerso no seu tempo, disperso no tempo... universal e particular, contraditório e coerente. (L. T.)

Augusto dos Anjos. Apesar de a obra dele ser constituída de um único livro, "Eu", a originalidade das composições do poeta suplanta a sua pouca produção literária. (G. F. S.)

Carlos Drumonnd de Andrade. Porque ele transformou o nosso cotidiano afetivo, existencial, moral e amoroso em pura poesia que toca a milhares de seres humanos. (P. F.)

Vinicius de Moraes. Porque o que ele escreve faz o leitor sentir no coração. Ele fez uma descrição de amor que até hoje não vi igual. E uma pessoa que descreve o amor como ele descreve, só pode ser o maior poeta, em minha opinião. (L. M.)

Machado de Assis. Acho a poesia do "bruxo" difícil, profunda e encantadora. (R. F.)

Carlos Drummond de Andrade. O porquê... Gosto do humor, da oscilação tristeza-alegria, sobretudo da espontaneidade. Tenho a impressão que ele escrevia "de primeira", e isso me agrada. (S. A.)

João Cabral de Melo Neto. Não conheço ninguém que escreva parecido com ele. Essa desarmonia meio envergonhada, com umas rimas ásperas, eu não li em nenhuma língua. Os versos são muito sintéticos, dizem muito com pouco. (R. B.)