segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Eu sou do tipo de pessoa que tem insights (às vezes, seríssimos) dormindo. Hoje, a mensagem veio com tudo, num sonho estranhíssimo: o que mais preciso nesta vida é de afeto. Mas não é qualquer afeto, não. É aquele exagerado, beirando o cafona, com demonstrações públicas, abraços apertados, flores "do nada" no meio da tarde, mensagens, telefonemas, presentes etc. etc. (Quem logo pensou que estou me referindo a homem, errou. Falo também de amigos, primos, mãe, irmão, colegas...)
Acordei com a certeza: estou carente. Carente de mimo, de atenção, de cuidado, de risadas, de leveza. Enquanto revirava debaixo do edredom, incomodada com as lembranças do sonho e com essa certeza, lembrei de uma frase creditada a Caio F. Abreu. Traduz com exatidão o que estou sentindo:
Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber.
Aí, vejam bem como é a vida. As "respostas" (no meu caso) são quase instantâneas. Abro o Gmail e tem um e-mail super carinhoso da equipe do blog Universo dos Leitores, avisando que foi publicada resenha sobre meus livros. Mas o melhor ainda estava por vir: a tal resenha é de uma delicadeza sem fim, um torrão de açúcar para adoçar o meu café amargo.