Uma primavera com minha mãe (Stéphane Brizé, França, 2013) tinha tudo para ser um filmaço, mas não é. Comove, sim; no entanto, é superficial. Apenas arranha a superfície de um tema extremamente complexo e profundo (o direito ao suicídio assistido por quem tem doenças sem volta) por meio de uma história de conflito entre mãe e filho. História esta cheia de tensão, beirando o exagero. O protagonista não convence em seu ressentimento, e o melhor do filme acaba sendo a cena final – esta sim na medida da realidade, com grande carga emocional, capaz de fazer os mais sensíveis chorar. Três estrelas.